a escola é um lugar de aprendizado, de ideação de mundos possíveis e de revisão de mundos vividos. como tal, é um locus fundamental e que opera um processo crucial na evolução da humanidade através da construção do conhecimento.

o conceito de uma escola conectada já existe há muito tempo, desde os primeiros passos da internet, mas foi apenas recentemente que veio tornar-se uma ideia aplicada. inserida numa realidade figital, onde o físico, o social e o digital estão integrados, ela assume uma dimensão que expande de maneira antes jamais pensada as possibilidades de acesso ao conhecimento, enquanto gera jornadas dialógicas de aprendizagem, onde redes de pessoas orquestram o tempo de aprender e constroem mapas, rastros digitais dos seus percursos de descobertas. 

a escola figital é em sua essência uma escola conectada ao seu tempo e está alinhada a princípios fundamentais do aprendizado humano,  especialmente às práticas de criação, compartilhamento, colaboração e crítica. um espaço onde mestres e aprendizes encontram novos papéis nas redes de pessoas, na busca e construção do conhecimento, um retorno à era das descobertas.

um espaço onde o saber é construído coletivamente através de processos colaborativos que consolidam conceitos através da ampliação de fontes e perspectivas. uma escola que apoia aprendizes a desenvolver o pensamento crítico, em qualquer contexto, através de um processo dialógico e iterativo. 

por que usar strateegia na escola figital?

as primeiras tentativas de combinar a escola clássica com a internet foram, e continuam sendo em geral, equivocadas. as classes online de hoje não usam muitos dos princípios e recursos das redes e são falhas em sua metodologia, acabando por se tornar simulacros de uma sala de aula anacrônica.

a proposta de escola figital é dinâmica, verdadeiramente conectada e envolve uma atualização contínua, num estado descoberta e reformulação, onde tudo deve estar pronto para mudar. expandida pelo digital, ela é também ubíqua, está em todo lugar e em todo tempo, o tempo todo. nela não existem paredes, nem mesmo fronteiras e aprender é uma ação voluntariosa, que demanda engajamento dos aprendizes.

sob essa perspectiva, strateegia se apresenta como a plataforma adequada à dinâmica de aprendizagem figital, onde redes de pessoas participam de jornadas estruturadas de aprendizado, baseadas em atividades colaborativas teóricas e práticas, que podem ser realizadas de maneira síncrona ou assíncrona.

nas atividades teóricas, o processo de aprendizagem desencadeia-se através de debates, iniciados com a aplicação de dinâmicas de divergência, para discutir conceitos, modelos e princípios de diferentes áreas de conhecimento e concluídos com dinâmicas de convergência, para construção de um senso comum entre os participantes do grupo em torno dos tópicos estudados.

nas atividades práticas, as pessoas aprendem, a partir de informações compartilhadas, métodos e técnicas de trabalho, e colaboram em dinâmicas de divergência onde  propõem, debatem e selecionam propostas,  tomando decisões estratégicas e operacionais para realização de diferentes tipos de atividades práticas.

numa dinâmica de aula figital é possível, por exemplo, após uma apresentação de vídeos ou slides, disponibilizar um qrcode que direcione os alunos para uma jornada com grupos de estudo em strateegia. lá, todos poderão acessar links com mais informações sobre o assunto abordado em sala de aula, e responder por escrito questões estruturantes sobre o tema, cada um em seu tempo. a partir daí, o grupo debate as hipóteses propostas pelos colegas e, junto com o professor, vai construindo e consolidando os entendimentos sobre a temática abordada.

um exemplo parecido a este tipo de dinâmica é a jornada “o que é estratégia”, criada para debater o livro do cientista-chefe da TDS company, Silvio Meira. uma jornada pública, aberta a todos que queiram participar do debate. para cada capítulo ele criou um ponto de divergência para que as proponham suas respostas e debatam com dos demais. a jornada pode ser acessada a partir do próprio  livro impresso e em sua versão eletrônica, através de qrcodes nos capítulos, que direcionam para o ponto de divergência na plataforma com a questão sobre o tema.